O dia estava quente, sufocante até. Ele estava nervoso. As horas passavam e ela não aparecia. As beatas amontoavam-se a seus pés. Tinha que controlar aquela ansiedade, não podia deixar-se levar pelo desânimo. Afinal ainda tinha esperança. Aquele telefonema não fora em vão, despertara nele emoções jamais esquecidas. A voz dela, não a esquecera, aquele sorriso estava guardado, as pausas eram sinais e a respiração tão próxima que lhe sentia o cheiro. Estava demasiado absorto nos pensamentos. Sentiu alguém a observá-lo.
Virou-se, a desilusão espelhou-se em seu rosto. Ainda teria que esperar. O dia mal tinha começado, mas a angústia não o abandonava. Resolveu dar tempo ao tempo. Deu uma risada. Tempo era coisa que não lhe faltava. Desde aquele dia, sim, estava tão presente. Como podia ter passado tanto tempo. Dias, meses, anos. Como ela estaria. Lembrava-se de todas as suas expressões. Mas a sua preferida, era quando a sentia nervosa, adivinhava todos os seus gestos, e sabia como a tranquilizar. Ela olhava nos olhos dele e ambos se perdiam no tempo. Ela, sim fazia-lhe muita falta.
Tinha estado adormecido, acordou e o sentimento estava ali, preso, no mesmo sítio, tão forte como antes. No entanto tinha medo. Não queria voltar a adormecer, mas também não queria apenas sonhar. Queria-a tanto. O telefonema voltava-lhe à memória. Pensava nele e conseguia lembrar-se de cada palavra. A maneira como ela lhe tinha falado. Tão serena, tão carinhosa, mas também tão cautelosa. Teria medo. Talvez pensasse o mesmo que ele. Talvez sentisse o mesmo que ele. Talvez...talvez...não, não...queria fazer suposições. Queria certezas. Então decidiu esperar...iria esperar ...SIM ERA ISSO MESMO, TINHA QUE ESPERAR....
"TCHARAMM"
Como achas que vai acabar essa história?
1. Ela vai aparecer e vão ser felizes para sempre.
2. Ele está apenas a ver um filme de amor e a comer pipocas.
3. Ele esperou, esperou, e ela jamais voltou.
4. Ela teve um acidente, bateu com a cabeça e perdeu a memória.
5. Ele acordou, olhou para ela, beijou-a, voltou a adormecer sorrindo.
OK, tens outro final... INSPIRA-TE...
Adormeceu e morreu queimado numa pilha de beatas.
....puxa Rafeiro, que final triste, eu sei que não tens muita paciência para esperar, mas...Roma não se fez num dia, podias ao menos ter dado ouvidos ao velho ditado Rafeiroso "Quem espera, sempre cansa" ...e evitavas a poluição no ar.
Beijokas
De sinasinho a 13 de Março de 2011 às 22:21
Puxou de outro cigarro, acende o isqueiro, mas logo o apagou. voltou a colocar o cigarro no maço, e correndo, atravessou a rua dirigindo-se a ela. É ela, é ela. Rápido, não a percas de vista, corre. Um cão, de mau gosto, se atravessa na sua frente e ladra. Amedronta-se, não a quer perder de vista, mas o cão mete respeito, e desvia-lhe o olhar. Consegue livrar-se do bicho, alguém lhe assobiou e o animal correu desalvorado, mas... e ela, onde está? Não...não, não pode estar longe daqui. Será que foi por ali...ou por ali? Pára, inclina um pouco a cabeça, respira deitando fora o cansaço, mas os olhos, esses, bem abertos tentando visualizar, o que não acredita ter perdido. Aí está ela, a sair da loja de flores. Agora sim, não te deixo escapar, e aproximando-se, pega-lhe no braço, e sem força para falar, apenas se deixa cair, sentando-se, no degrau de entrada de uma sapataria, e pediu desculpa à moça... "é tão parecida com alguém que estou à espera...desculpe". A moça pergunta-lhe, sente-se bem? Quer que peça um copo de água? Estou, estou bem, obrigado. Desculpe...
Enfiou a cabeça entre os joelhos, queria desaparecer, sentiu a cabeça latejar, a esperança fujia aos poucos, estava cansado e ela não aparecia, não dizia nada. Não queria desistir, algo lhe dizia que tudo iria acabar bem. Resolveu esperar mais um pouco.
Tentou telefonar-lhe, de hora a hora. Mas o telemóvel parecia desligado. Só quando a luz se foi, ele deu conta do tempo que tinha passado, já era noite, tinha fome e ...estava triste, angustiado resolveu ir embora.
Ainda hoje lá volta, à mesma hora, todos os dias!
Mas nunca soube que ela teve um acidente, bateu com a cabeça e perdeu a memória. E nunca soube nem saberá que ela ainda hoje pergunta vezes sem fim... "Que horas são? Já são 5 horas? Ele está à minha espera."
E nunca saberá que ela se dirige ao jardim... mas passado um minuto regressa e pergunta: "Onde ia eu?" ....
Sinasinho queres continuar...acho que ainda podemos ter um final feliz....
Pelos vistos também nós vamos ter de esperar pelo fim da história...
Depende Aquariana, os finais podem ser diversos, porque não tentas uma inspiração nesse sentido, agarras numa das opções e escreves um final ao teu jeito, gostava muito de saber até onde levarias a tua imaginação.
Queres tentar??...anda...inspira-te...
De Lynce a 14 de Março de 2011 às 13:15
Eu aposto na 5ª hipótese e não se fala mais no assunto!
:)))
Uhmmm..temos um Lynce muito romântico e sonhador...ahahhahha....
Anda lá, desafio-te, já tens o mote "Ele acordou, olhou para ela, beijou-a, voltou a adormecer sorrindo"...agora basta soltares o fio à meada, eu sei que tens imaginação suficiente para isso e muito mais, continua com essa história e arranja um final surpreendente...anda..alinhas??...
Beijokas
De Lynce a 15 de Março de 2011 às 10:37
Então se "voltou a adormecer sorrindo", a história acabou aqui...hehe
Ora Lynce, podia muito bem continuar a sonhar..., agora só depende da tua imaginação...
anda lá....tu até tens sonhos bué estranhos...ehehhe..
De Lynce a 15 de Março de 2011 às 12:10
Os meus sonhos andam demasiado eróticos para puderem ser contados num blogue sério como este...heheh
Mas prometo analisar a coisa, preciso é de tempo, que hoje estas "desençaimadas", aqui no trabalho, não me têm dado sossego...
:)))
..erotismo e humor até combinam, que tal começares por um "ABC de sedução"...ou quem sabe arriscar um pouquinho mais e dar mais ênfase aos morangos com chantily, tipo "nove semanas e meia" ..ou...espera...já sei, como és um romântico ..."Pretty Woman " vai de encontro aos teus sonhos ...será??....
Ahhaha...deve ser do teu perfume, não me digas que puseste AXE??...até os anjinhos caem do céu...Loll..
Beijokas
De Lynce a 15 de Março de 2011 às 16:01
Não, não uso Axe, o meu perfume é 1million Paco Rabanne :)))
Deixa-me concentrar mais na coisa...
Ele lembrava-se agora de como a tinha conhecido.
Uma história pouco usual. Tropeçara um dia num blog que lhe despertara a atenção. Ela tinha imaginação e uma escrita leve onde espalhava uma espécie de magia que fazia com que se ficasse agarrado naquela boa disposição contagiante.
Não era a sua onda andar a comentar blogues, mas sentiu-se atraído e atreveu-se.
A resposta pronta e sacudida aguçou-lhe ainda mais a curiosidade e continuou comentando-a.
Devagar para não espantar a caça foi-se insinuando e quase desistiu por não ter muito sucesso.
Um dia ficou surpreso. Discretamente e subtilmente ela lançara-lhe uma espécie de desafio. Talvez apenas para o testar. Mas ele louco nem hesitou. Escreveu-lhe de imediato um e-mail correspondendo ao seu pedido. Daí rapidamente passaram ao Messenger, trocaram números de telefone.
Quando ouviu pela primeira vez a sua voz o seu coração pulou de felicidade. Combinaram um encontro e quando a olhou nos olhos foi como se a conhecesse desde sempre. Sentiu vontade de a abraçar, mas conteve-se.
Tinha sido tudo tão bonito… e agora ali estava ele irremediavelmente só, vivendo uma esperança que não sabia onde o levaria. Sentia a cabeça à roda de tanta ansiedade.
De repente ouviu-lhe a voz que lhe dizia – olá.
O coração sobressaltou-se quando se virou para a olhar. Ela sorria-lhe e ele nervoso e desajeitado não sabia o que fazer.
Foi então que ela lhe estendeu uma mochila. Reconheceu-a. Era sua. Há quanto tempo a não via e que saudades Deus meu.
Enquanto tudo isto lhe passava pelo pensamento escutou a voz dela que lhe dizia…
Andei em arrumações. Encontrei algumas coisas tuas que achei deverias querer de volta.
Está aí a tua velha escova de dentes, as tuas peúgas de andares descalço por casa e o teu batom do cieiro que sempre usavas.
Ah está também aquele CD horroroso que não paravas de ouvir.
Ele lembrava-se bem da música era o Jealous Guy dos Roxy Music. Como podia ela chamar-lhe horroroso. Noutros tempos tantas vezes tinham dançado ao som daquela balada.
Sentia-se completamente aniquilado. Tinha vontade de desaparecer de nunca ter vindo até ali…
Acorda pá… ainda acreditas em contos de fadas… se calhar no Pai Natal também não?
Acredito sim ervilha, não custa nada sonhar, ainda mais quando são histórias que suscitam ínteresse, oferecem um desenrolar aliciante...e tu deste-lhe aquele toque fulminante, foste até aos primórdios raios de sol, até ao dia em que tudo mudou as suas vidas, onde as borboletas pousaram e as cócegas na barriga não mais pararam.
O sorriso contagiante, o calor nas faces, o desejo do toque, a paixão nos olhos e o amor no coração foi uma constante entre eles, que história bonita, daquelas que imaginamos só em filmes, em que os personagens nos deixam com os olhos enevoados, a salivar e com mãos húmidas de tanto esfregar de emoção.
Mas...aquele dia chegou, aconteceu assim de repente, sem mais nem porquês, não, não foi comprar tabaco e nunca mais voltou, seria pouco original e já chega de beatas, lol...não, aqui o destino seria mais "as palavras que nunca te direi", essas ficaram presas na garganta, sufocadas no pensamento, guardadas em silêncio, pelo tempo e no vácuo da escuridão.
Um dia será que vão fazer eco, será que vão ter resposta, esse dia poderá ser hoje...aqui..agora...será que me concedes uma última dança??...
Não seja por isso nuvemdoce!
Será que vais gostar do enredo e do final?
Nada como arriscar.
Os seus amigos com quem partilhava a casa tinham saído para ir beber um copo ao Cabanas Beach Bar. Insistiram para os acompanhar, mas ele declinou a hipótese. Sabia quem por lá ia encontrar e estava determinado. Já que tinham acabado tinha que pôr um ponto final. Vê-la seria como que reviver tudo de novo e francamente não lhe apetecia mesmo.
Preferira ficar em casa e ver um filme nos canais da TV Cine.
Logo que eles saíram preparou as pipocas no microondas e encheu um copo de Coca-Cola. Olhou o copo e pensou que merecia uma bebida mais forte, mas abandonou a ideia. Sentou-se no sofá ou melhor esticou-se bem do lado da chaise long certificando-se de que tinha tudo à mão. Pegou no comando e começou o tradicional zapping. Nada de jeito!
Que se lixe pensou e parou no canal em que passava o filme Godspeed vingança sangrenta. Pelo menos não teria que aturar aquelas lamechices dos filmes de amor. Atirou-se furiosamente às pipocas como se fosse a última coisa que iria comer.
Mas o filme estava no fim. Esperou para ver o que se seguiria. As palavras que nunca te direi.
Bolas, praguejou, mas não moveu um dedo para mudar o canal.
Em vez disso deixou-se levar por todo aquele enredo de sedução embora um pouco atribulado.
Acordou um pouco estremunhado com tanta algazarra e sentindo uns pontapés ligeiros na planta dos pés.
Os amigos tinham regressado. Afinal não se tinham demorado muito.
Ao verem o filme que passava no ecrã da TV em gargalhadas alegres tinham-lhe arremessado aquela frase das fadas e do pai natal. Era a última coisa de que se lembrava.
Havia pipocas espalhadas pelo sofá e pelo chão e ele ainda não conseguira abrir bem os olhos.
- Olha bem a confusão que por aqui vai… é melhor levantares-te e limpar tudo que temos visitas.
Visitas, pensou, não vira mais ninguém! Foi então que entre os dois encontrou uma cabecinha de cabelos compridos que lhe sorria.
Ergueu-se e sentou-se, fincou os cotovelos nos joelhos e enterrou a cabeça entre as mãos, os dedos escondendo-se nos cabelos.
Só lhe faltava isto! Porque a tinham trazido eles? Não sabiam que ainda lhe era difícil? E logo apanhá-lo naquele preparo. Lembrou-se do sonho, ou melhor do pesadelo que tivera, mas sorriu com a ideia da mochila. Seria isso que ela vinha fazer? Devolver-lhe alguns pertences?
Levantou-se e cumprimentou-a – Olá Inês. Desculpa a “bagunçada”. Vou já limpar.
- Eu ajudo-te disse Inês solicita e continuando sorrindo – estavas a sonhar e falavas alto.
- A falar alto? E que foi que eu disse?
Ela soltou uma gargalhada divertida com a atrapalhação dele ao mesmo tempo que lhe respondia – não se percebia nada, está descansado.
Sem que ele tivesse notado os amigos tinham saído da sala. Bonito pensou, já não chega trazê-la como ainda me deixam sozinho.
- Pronto já está tudo arrumado. Podes sentar-te. Queres alguma coisa?
- Sim, que te sentes ao pé de mim… assim tão longe não… chega-te mais para mim… quero fazer-te uma pergunta.
- Inês eu…
- Shiuuu. Inês poisou o seu dedo na boca dele e continuou.
- Não digas nada, escuta-me só. Tudo o que fiz foi apenas para te testar. Tinha que ter a certeza que o homem que escolhera era o certo. Reagiste exactamente como eu queria. Agora sei quem tu és. A pessoa que eu quero para mim de verdade. Aceitas dançar comigo no dia do nosso casamento?
Bom, ervilha, nem sei que te diga, mas conseguiste prender-me aqui ao monitor, fui buscar guarnições (pipocas) e só faltava mesmo a coca-cola, mas foi substituída por uma bjeca, soube bem, estendi as pernocas e viajei na maionese, ainda bem que não fizeste intervalo, é que não gosto nada de perder o fio à meada...ahahah...
Fiquei fã daquela parte da mochila, claro ..hoje em dia já não se deitam as coisas pela janela loll...a velha mochila é muito mais giro e radical...tens olho prá coisa!!...afinal tinha sido um sonho?...quer dizer um pesadelo, ohhhhh..essa parte estava hilariante, a velha escova de dentes, as peúgas de andar por casa, ...o batom do cieiro, não estaria em pedra, bom demais, o CD ...Ah...só podia ter um final musical...
Sim..sim...sim...faz tempo que espero por essa pergunta, ...Aceito, aceito, aceito!!...FIM!!
...A sessão terminou, agradecemos a preferência e solicitamos que depositem os restos mortais das pipocas nos sacos que se encontram á saída. Muito obrigado. Próxima sessão às 15h00 "As palavras que me obrigaste a dizer"..loll...
Beijokas
De sinasinho a 15 de Março de 2011 às 10:13
Bem, ainda desiludido e com falta de forças para mais, lá acaba por se levantar e voltar ao local de onde veio, o sítio onde, ainda acredita, vai encontrá-la.
Toma o mesmo percurso e novamente o cão, mas desta vez, como que se percebesse a minha angústia, revelando-se bastante socialvel e permitindo umas festas. A certa altura outros interesses encontrou e foi à vida dele. Eu, passando por um chafariz, preencho o vazio que há em mim, e regenerando de frescura, bebo uma goladas, as suficientes para alegrarem esta minha convicção de que ela irá aparecer, e que eu... tenho mesmo de esperar. Não espero...
levanto a cabeça, tiro o meu lenço do bolso, para limpar a boca, e olho para o dramático local de encontro...
É ela, e agora não me engano, ali está ela à minha espera. Aceno-lhe com a minha mão, ao que ela retribui, e acelero o passo ao seu encontro, diz-me... estás atrasado, esqueceste-te de mim...
Ele susteve a respiração. Enquanto esperava que ela se decidisse. Em breves segundos ela rodeou-lhe o pescoço com os braços e sorriu-lhe, formando aquela covinha tentadora ao canto da boca. Não, ele não chegou a ter qualquer hipótese. Caíu redondo, estremeceu e correspondeu ao entusiasmo tão perdidamente envolvente. Ela queria um pouco mais, apenas outro beijo, pensou, antes que perdesse a coragem e recuperasse a noção da realidade. Foi então que ele tomou as rédeas. Inclinou-lhe a cabeça para trás com um beijo que a deixou sem a menor dúvida de que a amava. Levantou-a do chão e rodopiou vezes sem conta, ao colo levou-a para casa. Sim, vão ser felizes para todo o sempre!!..
Uauuuu..Sinasinho..não resisti a um final feliz....
p.s. Ahhh..o cão foi o menino das alianças...lolll...
De sinasinho a 15 de Março de 2011 às 11:32
Está visto, nada disto reflete a verdade. O cansaço e o desgate mental, devido à enorme angústia que nele habita, levam-no a dormecer ali, sentado no degrau da sapataria e com a cabeça entre os joelhos. Entrou no imaginário, como que num sono profundo que lhe oferece o sonho. Ali ficou, acompanhado deste drama mental, até que alguém lhe toca e lhe pergunta; Amigo, você está bem? Posso ajudá-lo? Ao que responde, não obrigado...sim, diga-me que dia é hoje? e, apesar de já ser noite, que horas são?
Amigo, hoje é Quinta-Feira dia 23 e são 2:16 da noite. ehhhh... obrigado. Levanta-se, olha o céu e não quer imaginar por onde andou com este sonho. Todo aquele "filme" de que a tinha visto no local de encontro, o cão, o beber da água, e para agravar ainda mais, o estupido acidente que ela sofreu e que a deixa completamente limpa de memória.
Bem, a única verdade é que o "encontro", por hoje, está ausente mas, tal como no sonho, vou telefonar-lhe para saber o que se passou e se pode manter o combinado, mas para amanhã. É verdade, já agora deixa-me confirmar o sonho e ver quantas chamadas lhe fiz... pois, não tenho cá nenhuma, nestas horas que passaram.
Agora já não, é tarde e ela já dorme, mas mal amanheça, será a primeira coisa que vou fazer... telefonar-lhe.
Uma coisa tenho de admitir, alguma coisa se passou com ela, para não aparecer, ou será que apareceu? afinal eu fiquei aqui muito tempo... a sonhar.
Bem, será que falhei?
Começou a beber, desesperadamente. Na sua cabeça surgiam imagens. o rosto dela, sempre aquele sorriso, os olhos azul céu, os lábios tão vermelhos. Os pensamentos fujiam. Já não sabia o que estava ali a fazer. Dirigiu-se ao carro. O telefone tocou, mas os movimentos estavam demasiado lentos. Deixou cair o telemóvel. E quando o conseguiu alcançar. Desligou!! Mal sabia ele que ela estava tão perto. Entrou no carro, fez marcha atrás e embateu no muro, encostou a cabeça e tudo ficou escuro...apagou!!..
...flashes..flashes...luzes...
Ela apareceu. Linda como sempre. Parecia que o tempo não tinha passado por ela. Mas como podia ela ter-se mantido assim, deslumbrante?
A voz dela, o sorriso dela, como sentia a sua falta.
Ele reparava no olhar dela, percorrendo-lhe cada ruga, passeando em cada cabelo branco...e arrependeu-se. Como sentia a sua falta! O que fazer para a prender de novo?
Mas ele não sabia o que ela pensava...e ela repetia para si "com tanto erro para cometer, para quê repetir?"
E quando ela se aproximou do seu ouvido e lhe segredou algo..., ele viajou na maionese, inebriado pelo seu cheiro, concordou com o que ela lhe disse.
Ela afastou-se, radiosa...ele ficou a olhar ansioso.
Apesar de tudo ela tinha razão.
flashes...luzes...flashes....
O final para esta história será inevitavelmente sem clichés porque o amor é vivido raramente de forma íntegra que ultrapassa qualquer tipo de banalidade.
Gosto de histórias de amor!
Beijinhos***
Olá Gonçalo,
Se entendi, queres dizer que o amor é vivido com loucura, ofuscando toda a realidade e ultrapassando todos os limites. Não concordo. Penso que essa linha de pensamento é pura ilusão. O Amor é vivido dessa forma apenas por um curto período, depois é vivido de forma íntegra, até demais, acho que o essencial era descobrir qual a dose necessária de integridade, ou então permitir dosear com um pouco de loucura, as duas juntas produzem um efeito mais duradouro e decerto mais interessante.
Aqui o efeito que se pretendia era exactamente sair um pouco dos clichés habituais e quem sabe oferecer ao Amor aquilo que ele mais gosta: IMAGINAÇÃO e INSPIRAÇÃO.
Beijokas ***
De
Kok a 15 de Março de 2011 às 16:20
Tenho mesmo que optar por outro final? Depois dos 5 que indicas o que posso acrescentar?
Puxar pela cabeça e espremer as células (já pouco) cinzentas? Então cá vai:
1-ela chegou com um sorriso tímido nos lábios mas recusou-se a beijá-lo; o cheiro a tabaco era demasiado forte para ela! Virou-lhe as costas e foi-se.
2-simpatizaram ao primeiro olhar; vinha acompanhada pelo pai e pelo irmão mais velho, ambos desconfiados e dispostos a "afagarem-lhe" o pêlo ao mínimo gesto de intimidade.
3-sentaram-se numa das pedras da muralha frente ao mar e passaram a tarde partilhando charros enquanto esvaziavam uma grade de "mines"!
(Nem de propósito: já era capaz de bebeu uma...)
Pronto! São as alternativas que me lembrei. Só me resta desejar felicidades e que sejam muito felizes!
Beijokassss (e sorrisos)
Olá Kok,
És um romântico, fiquei impressionada, aliás até me vieram as lágrimas aos olhos, bom...concordo que a cebola ajudou, mas só porque são daquelas estrangeiras, duras como o caneco, não é fácil escortejar elas, é preciso muita persistência e boa vontade para as tranformar em picadinho.
Mas adorei a última cena da muralha, frente ao mar. Sabes, imaginei logo um por do sol fantástico, um céu azul, um areal enorme, a espuma das ondas a rebentar nas rochas, o assobio das gaivotas, uma grade de cervejas ao lado, umas murtalhas a serem enroladas, fumos, muito fumos..e ...um final perfeito para uma linda história de amor (pedrados e felizes).
Esqueceste foi de dizer o que aconteceu a seguir, pois aquela onda gigante, o teu pé ficou preso na rocha, a tua vista ficou turva, os teus movimentos lentos, ainda aguentaste muito tempo, devido á tua boa resistência, foste nadador salvador, mas...infelizmente, não, não conseguiste salvá-la, nunca mais a viste, mergulhou nas profundezas e desapareceu para sempre. O teu remorso persegue-te até hoje. Ficaste destroçado.
Desde aí, os dias foram todos iguais, apenas te restavam as mines, eram a tua companhia, de dia e de noite, até ao dia em que numa delas encontraste uma mensagem, um papelinho enroladinho, ficaste nervoso, bebeste rápidamente o seu conteúdo e desenrolaste a tremer...a mensagem..a mensagem...era...DELA...e...o que dizia, dizia que....
...BOLAS ...não consigo ler, passa aí os óculos e já agora uma mine..., isto promete!!...
Beijokas
De
Kok a 16 de Março de 2011 às 18:12
E eu sabia lá disso de ter que dar um final ao final?
Mas prontes sendo assim "bou-me" debruçar sobre a coisa mas aviso já: nada de lamechices!
"I"
-Olá, muito prazer; sou o ...
-Olá! Mas que coisa horrível. Cheira tanto a tabaco...
-Porque esperei tanto tempo por ti que fumei quase dois maços...
-Ai kórror...
-...
-Desculpe mas não faz o meu género. Deus me livre...
-Deixa lá que tu também...!
-...
-Adeusinho e não te esqueças dos implantes mamários, que assim mais pareces o teu pai, eheheheh!!!!
"II"
-Olá! Tu é que és o ...
-Sim, sou eu. E tu és a ...
-É verdade, sou. ihihih! Este é o meu pai (é polícia reformado) e este é o meu irmão que é GOE, aquela polícia...
-Eu sei, eu sei...
-Então tu é que andas a mandar mails à minha irmã? e a convidá-la para dar umas voltas?
-Bem... eu...
-Oh Adérito, deixa lá o gajo se explicar antes de fazeres qq coisa.
-Mas eu... a... quero dizer... a...
-Mas tu o quê? O que é que queres da minha irmã? Ahn? Ahn?
-Nada, eu só...
-Só? Vai-te mas é embora antes que te amarrote a fronha, f#*+#pª»##""
-Òh adérito...
-Tu cala-te senão ainde te toca a ti; não é por seres minha irmã que se safas. Óviste!!!
"III"
Noite dentro e sem mais mines, arrancaram!
-Tens guito?, pergunta ela.
-Nada. Depois de comprar as mines e a erva fiquei teso!
-Ficaste? E eu que estou mesmo a querer dar uma...
-Não é isso, pá! fiquei sem cheta.
-Ah, pensei...
-Temos é que sacar qq coisa. Os teus pais abonam-te?
-Tás parvo ou és mesmo assim?
-Era só uma ideia...
Já estou zonzo e não me posso debruçar mais.
Beijokassss (e sorrisos)
§-boububerumamine!
- Tou Xim é da casa do Sr. Kok...
- Desculpe, mas enganou-se no número. Diz ele arreliado.
- Mas...deram-me este, precisava mesmo de falar com o Sr. Kok. É urgente.
- Minha senhora, já lhe disse que se enganou no número. Começava a suar.
- Ohhhh...que pena, tinha um encontro com ele e apenas lhe queria dizer que estou atrasada. Suspirou.
- Pois, lamento, mas aqui não existe nenhum Kok, realmente está enganada!!...passar bem...
...Espera aí, este nome KoK , não me é estranho, parece-me familiar, mas não me consigo lembrar, bom...é melhor buber mais uma mine.
...Kok és o maior...Beijokas
De
sentaqui a 15 de Março de 2011 às 18:22
Puxa, nunca mais chego ao final do livro, estou ansiosa para saber se ela volta para ele, ou se ela vem com um rancho de filhos atrás, ou se afinal havia outro.
Estou aqui a conter esta curiosidade desgraçada para não começar a ler o fim.
Vou continuar sentaqui a ler e ler e ler e torcer para que ele se lembre de trazer no bolso dois bilhetes para a Polinésia francesa
Beijinhos
Sentaqui, finais já existem muitos, este pessoal tem uma imaginação incrível, quase que dava um livro, até eu já estou baralhada, as pipocas já acabaram e continuo sem saber se ela aceita dançar com ele, se ela acordou da amnésia, se o cão voltou a meter-se no caminho, se ficaram felizes para sempre, ou se acabaram a fumar ganzas debaixo de água...looll....
Essa da Polinésia era interessante, queres partilhar os desenvolvimentos?...ahahaah...tenho a certeza que ficaria "sentada aqui" a degustar esse menu!!...
Beijokas
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